segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Eternitempo

De um passado longínquo
Virá o que me reserva o presente,
Num momento que cabe
Em lugar algum do tempo.

Talvez, apenas talvez,
Nunca haverá sempre,
E daí tiro as (in)certezas
De que, a qualquer segundo,
O tempo passou.

Quando isso for,
Eu fui simplesmente
Aquilo que eu não mais serei,
Sendo apenas o que resta
A cada fim de eternidade
Que o Real crava em meu corpo.

Assim é possível que eu fosse
O que talvez não será;
Mas o que é, eu ainda sou:

Apenas esse inter-valo,
Apenas esse nada,
Buraco entre antes e depois,
Entre o que era e o que seria,
Caso seja o que for...

AD'eus

Algo me atinge,
Vindo dum lugar
Intimamente fora de mim,
E que toca onde eu não há.

Não sei se dói, se satisfaz,
Mas deixa a alma em branco,
E, no entanto, sem paz.

Como pode o corpo
Portar o insuportável,
Aquilo que não sei ser
Eu ou D'eus?
Onde termino e ele começa?
Onde me faço, onde sou feito?

Sou plenamente vazio,
Carregado de esperanças inúteis
E proveitosos desesperos,
De ocas palavras
Que dublam o dialeto do Nada,
Mas invocando-O
A cada prece frustrada.

Se Ele (Deus, o Nada) fala,
É através da minha voz.
E se assim é,
Deus é louco,
Repetindo-se em si mesmo,
Pedindo aos seus espelhos
Que se curem,
Perdoem,
Ajudem...

Por quê faria Ele isso?
Não pergunto por quê Ele Há;
Tola indagação.
Mas por quê se dar ao trabalho de não se ser o mesmo?
Em outras palavras:
Por quê não há apenas Deus,
Apenas o Um?
Por quê tenho que haver também,
Eu, que sou Outro?
Aí mora Seu Mistério,
E a resposta morre no cemitério.

sábado, 28 de novembro de 2009

Sopra dizer adeus

Vamos calar garante paro matizado si cara velas ti cidade bate, ria chocante paro matizado si cara velas ti, si dá de batente com a cara-pus sapeca dormente dizendo a ver dá dolorosa-choque estou p(a)i-r'ando desc'alço voo tara trás c'unha do pé-de-valsa voo também, me quer sequer o bimestre-bucha minério afluente em gregoísta. Mas sagrado gregos tardar em chá massa sim no pé que nino, se no dele cada c'alado de lar anja de Mônica régua um pé só nas costas do cavalo?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Presentimentos de Aniversáurio...

Nada a ver na vi os na caverna da caveira no inverno de mil nove centos e se tenta e um, outro há de vir gemeos ou univiteolino sem timentalismãos-de-ferro malcriado a lei terraquítica, nunca à marciana crônicompetente se tudo que se precisou até aqui nos termos de novidades, foi que é o que será mesmo que não fosse o que ainda há de ser mão papa-lavrão. O que foi que eu fiz comeu estâmago? É que a luz ultraviolina arranhou sem saber os pescoço a nunca mais do que o necessário e ainda fica uma mágoa sanitária porque no esplendor da aurora H, pulou-se o sapositivo suposto de gasolinha reta feito mamadeira deprê-si diário ou presimensal, pó come porta, importa apenas o que for externo, que ex-sista no meu próprio seio. Queen me pergunta se sou homo ou homem, digo ligeiro que depende de quem me pergunta, pois que quem diz ser macho em excesso, decai em falta de mulher mafro-dita, a descoberta do século vinte. É essa baboseira de estacionar em sexo-térmico, pois qual é verdadeiramente seu endo-sexo?
Perdoe aos pobres por não terem o que comer, nem se quer a que ali babar mentira do buteco Lo Gia, localizado nos cabelos daquela crespa nhola que passou ao largo do meu passo, ao longo do espaçoquinha e pé demo leque ri do dia do juízo final, gume difícil pra quem não tem a rexistência muito bem-estar belecida. Não poderia dizê-lo doutra forma: fi-lo porquês quilo, como tive o trem de açúcar regado pelos braços inoxidáveis traz pra frente o avestruz credo minado, tá tudo domimado e sido nas mãos da mal-ária cantada por aquela sopranto e aquele temor, muito aquém deviam toda suas míseráveis vidinhas de videiras, de justiças vegetais quais amebas tardas, mas não falas...

sábado, 14 de novembro de 2009

Eu posso dos milagres-te sertanejo arrancar alho-porrá com as mãos...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Cabei é sapo raso!

Ouçam os olvidos daquela memória benfazeja em prol dos secos e desabrigados!
Como é que isso é?
No lugar de molhado entrou precisamente a verdadeira coisa a se cifrar rebento a tua cara bênção outros quinhentos, são outros quinhões calado esquerdo virado pro direito enquanto apropriam-se de seus 'alien', nações sobreanas que escaparam de dizer mais do que ghostariam, e no que o fazem, fazem o que no coração danação dança não tal tipo, mas abre portas às quais sai exatamente o que entra. Entra e pó de entravar amarcha 'rmosa, amar cheirosa-dos-ventos, e que ainda sim é fluminha, flutua, fludele sem-com isso deixar descer o quis se é o que eu sou. Nós somos o que fomos, e não o que serenos de madrogada malograda, já infelizmente nossa, sem esperança-perfume pra satisfazer as exceções constituídas pelas regras à tua alisada peregrinação, mais uma vez, da céu vá de pedra à selvageria por cada carne quitiDiana na libra pesada semana após semana, num vão exforço deliberá-los até quando for pré-ciso aquele dente que volta-e-meia envolve o pensar. Quem disse crendice é a população a dar lição demoral idade mas iada-iada em português chama-se lero-lero, se quiseres de outro planeta da avó criar uma consteloção pós-barba e pós-graduada em est'ética do ente. Quem mar telada inha da prole tá 'rriado, como se diz, foi pego com as calças na mão dupla do velho mete-metido à besta qua-quadrada, reco-recobrando a cocônciência mental qualidade retro-cessa o ataque rubimestral...